segunda-feira, 11 de agosto de 2014

- O que restou


Sempre um sorriso ao me receber, 

Ainda sinto a fumaça da fogueira queimar em mim, 
O cheiro impregnado no meu cabelo.
Os domingos tão nossos,
As manhãs de segunda dolorosas,
Há vontade de estar com você.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Às três da manhã


Hoje a ideia é vaga e nada sã.
É um esboço da minha realidade, não mais que um rabisco mal feito, sem jeito, um igual a tantos.
Tantos que sofrem, ninguém mais sorri.

Estão todos iguais, tentando desesperadamente se destacar pela diferença, sem saber, lutando pra ser só mais um.

Não amam mais, agora todos sofrem por amor, se lamentam, se martirizam, se matam por ele e todos sofrem demais, uma dor que ninguém é capaz de compreender, que ninguém sente igual, a nossa dor é sempre maior.

Sinceramente, sinto saudade do piegas, do romance clichê, declarações melosas. Mas hoje, só há dor, essa é a última moda, a dor se tornou cool, e a autenticidade (é, estou de volta à essa questão) da personalidade humana e a espontaneidade dos sentimentos que deveria ser essencial, se perde em meio à toda necessidade de ser mais que alguém, sendo só mais alguém.


Sobre a foto: Sobre as cartas de amor, que já não existem mais.

quarta-feira, 12 de março de 2014

O Cárcere do Amor

Parei me perguntando, do que se trata o amor, do porquê as pessoas se relacionam e tudo mais.

Talvez à 20 anos atrás, minhas perguntas parecessem um tanto estranhas, sem sentido, como se eu fosse apenas algum louco que desacredita do amor, e talvez para você que está lendo, também pareça isso. Mas assim como o conceito de certo e errado mudou com relação a muitas questões da nossa sociedade, isso vem mudando e quase ninguém percebe, porém é simples de enxergar.

Pense no relacionamento de 80% dos seus amigos do Facebook, quantos deles duram mais que 5 anos, por exemplo? Quantos deles duram com o amor ali, cheio de vida? Podem ser minhas apenas decepções que tomam partido dessa solitária discussão, mas eu realmente desacredito do amor contemporâneo, na realidade, até acredito que exista, mas são tão raros de se ver quanto casamentos duradouros, as pessoas parecem não se importar com sentimentos, só interessam status, o que você pode ganhar com isso ou não e todo aquele espírito de companheirismo, já não existe mais. 

Então tudo isso é apenas para expressar um ponto de vista que estava guardado em mim, e talvez também seja um apelo desesperado, para que não destruam o amor, deixe-o florescer, crescer, e que seja verdadeiro, assim poderemos amar ao menos como os nossos pais.

Sobre a foto: Por quem você seguraria o peso do céu?